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Castelo de Viana do Alentejo
Classificado como monumento nacional o Castelo de Viana do Alentejo localiza-se no Largo de São Luís 7, freguesia e concelho de mesmo nome, distrito de Évora, em Portugal. Aproximadamente equidistante das cidades de Évora e de Beja, o castelo ergue-se no sopé sul do monte de São Vicente, em posição dominante sobre a parte antiga da vila
Por Jorge Toth
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      O Alentejo é conhecido pelas suas vilas pacatas, com pouco mais de 5000 habitantes, Viana do Alentejo chega a parecer uma aldeia fantasma, vê-se pouca gente nas ruas, e completamente esquecida pelos guias turísticos, mas tem um dos castelos mais curiosos do país. Este foi cuidadosamente restaurado em 2010, e merece ser mais divulgado e conhecido.

      Acredita-se que a primitiva ocupação de seu sítio remonte à época da Invasão romana da Península Ibérica, balizado pelos estudos arqueológicos realizados nas redondezas, em particular no sítio de Paredes e no local da ermida de Nossa Senhora D’Aires, onde foram identificados restos de edificações, de um cemitério com lápides e de moedas romanas encontradas da época dos primeiros imperadores.

      Os seus domínios, primitivamente integrantes de uma herdade (fazenda) denominada "Foxem", de propriedade da Câmara Municipal de Évora, foram por esta doados, nos primeiros anos da segunda metade do Século XIII, a Egídio Martins, mordomo da Cúria no tempo de Afonso III de Portugal (1248-1279), mantendo-se na posse de seus descendentes.

      Após o falecimento de D. Martim Gil, senhor destes domínios, o rei Dinis de Portugal (1279-1325) tomou posse dos mesmos, passando em 1313 a Carta de Foral (arrendamento) à povoação, documento onde é denominada como Viana-de-a-par-de-Alvito, regulando-lhes as relações e doando cem libras para as suas obras de fortificação, iniciaram-se, assim, as obras de construção do castelo e da cerca da vila. Com torres cilíndricas, é uma das obras mais notáveis do período gótico tardio em Portugal, e inclui uma igreja no interior das muralhas com um belo portal manuelino. No ano seguinte, a vila e seus domínios foram doados pelo soberano a seu filho, o futuro Afonso IV de Portugal, com a cláusula de o não trespassar a ninguém, salvo à esposa, a infanta castelhana D. Beatriz, o que ele efetivamente fez poucos dias antes de falecer em 1357.

      Sob o reinado de João II de Portugal (1481-1495), estas defesas foram remodeladas, uma vez que o soberano, tendo reunido as Cortes em Évora em novembro de 1481, depois as transferiu para Viana, onde vieram a encerrar-se em abril de 1482. Na ocasião, o soberano utilizou o Castelo de Viana como residência temporária.

      Em 1489, o fato repetiu-se Viana de Alvito foi escolhida como palco para as grandes festividades realizadas por ocasião das bodas de seu filho, o príncipe D. Afonso, com a infanta D. Isabel de Castela e, em janeiro e fevereiro de 1491, para remodelações na Igreja Matriz.

      As reformas tiveram continuidade sob o reinado de seu sucessor, Manuel de Portugal (1495-1521). Trazendo ao castelo uma nova fisionomia, com uma campanha de obras que esteve a cargo de Diogo de Arruda. Esta traduziu-se na construção dos dois espaços religiosos e em alterações na muralha, nomeadamente com a introdução do coroamento por ameias. A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Anunciação destaca-se neste conjunto pela sua matriz Manuelina, conjugando vários elementos de um gótico final e do Renascimento, despontando ainda numa clara influência mudéjar.  A Igreja da Misericórdia de Viana, também no estilo Manuelino, apresenta uma planta retangular de dimensões mais recatadas, fruto de alterações arquitetônicas que o edifício sofreu ao longo do século XX. Entretanto, foram desaparecendo os pontos de referência do castelo, notadamente os fossos envolventes e as pontes pelas quais se acedia ao castelo.

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fontes: visitportugal.com, pt.wikipedia.org, lisbonlux.com e patrimoniocultural.gov.pt

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